No Boletim Económico de Dezembro, o Banco de Portugal prevê para este ano um crescimento de 6,8% do PIB e uma inflação de 8,1%.

No entanto, e segundo os dados publicados hoje, a economia irá abrandar de forma acentuada no primeiro semestre de 2023, conseguindo uma variação do PIB de apenas 1,5%, ao contrário dos 2,6% previstos no passado mês de Junho. A actividade económica só vai voltar a crescer “a partir da segunda metade de 2023”. Em 2024 e 2025, a estimativa é a de um crescimento perto dos 2%.

Sobre a inflação, “atinge 8,1% em 2022, reduzindo-se gradualmente para 5,8% em 2023, 3,3% em 2024 e 2,1% em 2025”. Esta diminuição reflecte a redução do preço internacional das matérias-primas energéticas, alimentares e outras, bem como menores pressões da procura resultantes de uma política monetária mais restritiva.

Ainda de acordo com o Boletim Económico, “a redução da inflação é responsabilidade primordial da política monetária, mas deve envolver a coordenação dos vários agentes económicos” para benefício da sociedade. Assim, neste contexto que implica uma perda de rendimento real das empresas e das famílias, “é importante a coordenação das expectativas em torno do objectivo de estabilidade de preços do Banco Central Europeu”.

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