A taxa de desemprego aumentou para 6,5% no quarto trimestre de 2022, face ao trimestre anterior, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados no início deste mês. É um aumento de 0,7 pontos percentuais.

É um sinal de alerta sobre o mercado de trabalho nacional para 2023. No entanto, esta tendência não deverá acontecer em todos os sectores da actividade económica. De acordo com o estudo “2023: o que vai mudar na gestão de pessoas”, feito pela Neves de Almeida HR Consulting e pelo ISCTE Junior Consulting, a redução do emprego pode ser muito específico e não abranger todo o tipo de profissões. Aliás, a maioria das empresas inquiridas pretende reforçar ou manter a aposta no recrutamento. Só 19% pretende diminuir face ao ano anterior. Os sectores mais optimistas são o da energia, o do turismo e o das tecnologias, com prioridade para as profissões das tecnológicas, dos recursos humanos, do marketing e da área comercial e financeira. Este estudo abrange cerca de duas centenas de empresas de sectores e dimensões diferentes a nível nacional que, ao todo, empregam mais de 200 mil pessoas.

A economia portuguesa está a resistir bem aos impactos da guerra, elevada inflação e alta dos juros. No entanto, não podem ser ignorados os sinais da redução do emprego que se verificam desde o início do quarto trimestre de 2022.

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