A agência de notação financeira DBRS melhorou hoje o rating de “A” (baixo) para “A”, mantendo a perspectiva “estável”.

Em comunicado, a DBRS justifica a decisão com uma melhoria significativa dos resultados orçamentais e da dívida num ambiente externo desafiante.

Em Janeiro deste ano a agência de notação financeira tinha apenas confirmado a avaliação da dívida soberana portuguesa, depois de em Agosto do ano passado ter subido o rating de Portugal portuguesa de “BB (alto)” para “A (baixo)”.

“As finanças públicas beneficiaram de um crescimento económico saudável, de um aumento constante das receitas fiscais e da redução das despesas relacionadas com a crise”, salienta. A agência recorda que o défice no ano passado caiu para 0,4% do PIB em 2022 e acredita que pode atingir uma posição de equilíbrio ou excedente já este ano.

“A combinação de um crescimento económico estável e fortes excedentes primários resultou numa queda acentuada do rácio da dívida pública, que o Banco de Portugal espera atingir 92,5% até 2025”, acrescenta.

As melhorias nos parâmetros referentes à dívida e liquidez e à gestão e política orçamental são os factores-chave para as actualizações, assinala a agência. A perspectiva estável reflecte a visão que os fundamentais económicos sólidos ajudam a equilibrar os riscos ligados à taxa de inflação acima da meta e ao forte aumento nas taxas de juro. “A inflação e as taxas altas podem persistir por mais tempo do que o actualmente previsto e podem prejudicar as perspectivas de crescimento económico, especialmente devido à grande maioria dos empréstimos dos créditos de taxa variável na economia”, acrescenta.

No entanto, destaca que “a recuperação liderada pelas exportações de Portugal foi acompanhada por um crescimento contínuo do emprego, da participação laboral e dos rendimentos”. Sublinha ainda que o sector bancário parece sólido para conseguir “absorver qualquer futura deterioração na qualidade dos activos” decorrente de custos mais altos de capital e stress do sector financeiro.

A DBRS aponta ainda que o rating de Portugal poderá ser melhorado se o Governo conseguir alcançar uma redução do rácio da dívida pública face ao PIB mais rápida do que o esperado ou se o País aumentar a resiliência económica e crescimento potencial. Por outro lado, a avaliação da dívida soberana portuguesa poderá ser revista em baixa se o compromisso com políticas macroeconómicas sustentáveis diminuir, resultando numa perspectiva significativamente pior para as finanças públicas.

Em Janeiro deste ano a agência de notação financeira tinha apenas confirmado a avaliação da dívida soberana portuguesa, depois de em Agosto do ano passado ter subido o rating de Portugal portuguesa de “BB (alto)” para “A (baixo)”.

Fonte: LUSA

Categorias: Economia